quarta-feira, 3 de junho de 2009

... AINDA SOBRE OS EFEITOS DA CRISE EM ANGOLA

Por: Emílio LONDA
(Este é um extracto do artigo “Anatomia da crise em Angola” divulgado em Abril de 2009 via e-mail)


Uma das características da crise presente crise é a relativa imprevisibilidade dos timmings de transmissão de efeitos, bem como dos timmings entre a adopção de uma política e os seus efeitos. Tudo o que os economistas podem dizer é o que vai acontecer, mas raramente conseguirão acertar quando lhes for perguntado, - Quando? Este é um exemplo de perguntas com meia resposta. Juntamente a estas pairam muitas perguntas sem respostas.

Apresentamos nesta secção algumas perguntas (ainda) sem respostas, relativas a Angola.

1. O combate a corrupção, a diminuição da burocracia e a dinamização do sector público não terão um maior impacto no combate a crise do que os apelos a diversificação da economia?

2. Como conseguir diversificar a economia num contexto de sobrevalorização do Kwanza?

3. Como conseguir diversificar a economia com as limitações da procura caracterizada por pelo facto da maior parte da população viver com menos de 2 dólares por dia?

4. Como o país pode manter as suas potencialidades de crescimento por formas que, logo que esteja passada a crise, possa alcançar uma trajectória de crescimento sustentável?

5. Como se comportará a “economia da subversão” durante a crise? Crescerá ou contrairá?

6. Como cada indivíduo, cada empresa e o país, como um todo, pode transformar esta crise em oportunidade e sair mais forte dela?

7. Como avaliar o real impácto da crise na economia doméstica sem um sistema estatístico eficiente?

8. Como incentivar a actividade económica face os constrangimentos tais como o congestionamento de Luanda e no Porto de Luanda?

9. Que lugar tem a produtividade na abordagem do Governo combate a crise?

Acreditamos que a validade de uma pergunta não está somente na justeza da sua resposta. As perguntas valem por si.

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